17/09/2009
JORGE DE SENA
Assisti, no passado dia 11 de Setembro à homenagem prestada a Jorge de Sena. Foi comovente e fez-se justiça. Só hoje escrevo, de forma breve, acerca da cerimónia pois só hoje posso, sem quaisquer dúvidas, afirmar que, ao contrário do que possa parecer, esta homenagem, com todo o seu significado, simbólico e material, foi uma iniciativa do Ministro da Cultura, ou seja do governo, que obteve a aquiescência de Mécia de Sena e da restante família de Jorge de Sena. Era uma iniciativa, desde há muito reclamada, mas que nunca ninguém tinha alcançado concretizar. Compreendo, assim, o significado da presença, embora discreta, do 1º ministro na homenagem.
15/09/2009
QUERO ESCREVER
Drex Brooks
Quero escrever para o futuro
Que cresce devagar e não se sente
Quero deixar umas palavras
Alinhavadas mesmo sem leitores
Dessas que são minhas todas
Quero escrever sabendo que nada
E ninguém quebrará
O silêncio que os oficiantes ditam
Às palavras insurrectas
Que não obedecem às leis do ofício
Quero escrever o tamanho do futuro
Sem a cor do teu rosto
Nem dia certo para o encontro
Com a noite escura
Mas com palavras dentro
18/5/2009
Quero escrever para o futuro
Que cresce devagar e não se sente
Quero deixar umas palavras
Alinhavadas mesmo sem leitores
Dessas que são minhas todas
Quero escrever sabendo que nada
E ninguém quebrará
O silêncio que os oficiantes ditam
Às palavras insurrectas
Que não obedecem às leis do ofício
Quero escrever o tamanho do futuro
Sem a cor do teu rosto
Nem dia certo para o encontro
Com a noite escura
Mas com palavras dentro
18/5/2009
09/09/2009
HARTZ
GRAÇA, EDUARDO. Há um momento en que a juventude se perde..., concepção gráfica de Isabel Espinheira, Lisboa, edição de autor, 2008.
Conjunto, precedido de un prólogo del autor, de poemas inspirados en breves fragmentos de los Carnés de Albert Camus que constituyen el título, primer verso o línea de cada poema. Lástima que no sea edición comercial: corre el riesgo de pasar totalmente indavertida.
[Reparei agora nesta referência ao meu livro "Há um momento em que a juventude se perde ..." na revista espanhola digital de poesia HARTZ. Obrigada. Pelos finais de Outubro/inícios de Novembro, deste ano, haverá novidades.]
Conjunto, precedido de un prólogo del autor, de poemas inspirados en breves fragmentos de los Carnés de Albert Camus que constituyen el título, primer verso o línea de cada poema. Lástima que no sea edición comercial: corre el riesgo de pasar totalmente indavertida.
[Reparei agora nesta referência ao meu livro "Há um momento em que a juventude se perde ..." na revista espanhola digital de poesia HARTZ. Obrigada. Pelos finais de Outubro/inícios de Novembro, deste ano, haverá novidades.]
JORGE DE SENA: CERIMÓNIA DE HOMENAGEM E TRASLADAÇÃO NA PRÓXIMA SEXTA FEIRA
«O Ministro da Cultura, José António Pinto Ribeiro, estará presente na cerimónia de homenagem a Jorge de Sena, em presença dos seus restos mortais, que se efectuará em Lisboa no dia 11 de Setembro de 2009, sexta-feira, pelas 10h00, na Basílica da Estrela, seguida de trasladação para o Cemitério dos Prazeres.A cerimónia, acompanhada de uma celebração musical executada pela soprano Raquel Alão e pelo organista Nuno Lopes, do Teatro Nacional de São Carlos, contará ainda com a declamação de um poema do autor, por Eunice Muñoz.Jorge de Sena será evocado através de breves intervenções de um representante da família, do ensaísta Eduardo Lourenço, do Ministro da Cultura e do ex-presidente da República, General Ramalho Eanes.»
Comunicado de imprensa do Ministério da Cultura
Comunicado de imprensa do Ministério da Cultura
07/09/2009
JORGE DE SENA REGRESSA PORTUGAL
Na próxima 5ª feira (10 de Setembro de 2009) Jorge de Sena regressa a Portugal. A cerimónia de homenagem, em presença dos seus restos mortais, decorre na Basílica da Estrela, a partir das 10 horas, a que se seguirá a trasladação para o Cemitério dos Prazeres.
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Este é um acontecimento do maior significado, de justiça e reconciliação, em benefício da cultura nacional honrando a memória de um seus maiores vultos.
Este é um acontecimento do maior significado, de justiça e reconciliação, em benefício da cultura nacional honrando a memória de um seus maiores vultos.
Tal acontecimento só é possível, certamente, pelo empenho de D. Mécia de Sena, e família, a que o governo correspondeu. Um dia lembrei-me, na circunstância da abertura de uma nova sede para a delegação do INATEL, no Porto, de prestar homenagem a Jorge de Sena. Foi assim que essa mesma sede se designa por “Casa de Jorge de Sena”.
A Dr.ª Manuela Espírito Santo, à época, vice-presidente da Direcção do INATEL, a cuja direcção eu presidia, acolheu a ideia e estabeleceu os contactos com D. Mécia de Sena que deu o seu consentimento. A partir dessa data estabeleceu-me uma corrente de contactos pessoais que mais me estimularam ao conhecimento da obra e da vida de Sena.
Na próxima quinta feira chegará ao fim, 31 após a morte física de Jorge de Sena, uma separação que não era justa. A terra portuguesa acolherá no seu seio um dos seus maiores. Fico feliz por isso.
MEMÓRIA (I)
04/09/2009
POEMA DE ANIVERSÁRIO
01/09/2009
TRÊS POEMAS
Jarrett Murphy
Três poemas de aniversário escritos em guardanapos de papel, transcritos para postais ilustrados, à beira da Doca de Faro em 3 de Março de 2007.
Telhados
Para a Alexandra
Todas as cidades
Têm telhados
Os telhados das cidades
Olhados
Por qualquer dos lados
São o fim da construção
Todos nós temos telhados
Olhados
Por todos os lados
São a nossa formação!
Três poemas de aniversário escritos em guardanapos de papel, transcritos para postais ilustrados, à beira da Doca de Faro em 3 de Março de 2007.
Telhados
Para a Alexandra
Todas as cidades
Têm telhados
Os telhados das cidades
Olhados
Por qualquer dos lados
São o fim da construção
Todos nós temos telhados
Olhados
Por todos os lados
São a nossa formação!
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O jericoPara a Bel
O jerico atento
Olha-nos de frente
Será que ele se sente
Em vias de extinção?
O teu canudo não mente
Doutoralmente.
Será que ele não sente
O jerico atento
À tua aflição?
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A idadePara a D. Elvira
A idade é uma janela
Grande
Para olhar a cidade
A idade não tem idade
Como a janela
Da cidade
Olha-se para a idade
Que é feito dela
A idade?
[variantes]
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