06/01/2015

Sem título


I
nas minhas mãos sinto
o que não tenho

10 de Fevereiro de 2006

*
II
o raio de luz estilhaça o espaço
do meu silêncio

11 de Fevereiro de 2006

*
III
no fim do tempo as cores belas do poente

12 de Fevereiro de 2006

*
IV
as cidades ocupam o lugar dos campos abandonados
mas é neles que me revejo

17 de Fevereiro de 2006

*
V
subindo a montanha do tempo descubro
as mãos vazias de nada

19 de Fevereiro de 2006

1 comentário:

Menina Marota disse...

Daria o seguinte título... Como um diário, o poema.