06/02/2008

ESPERANÇA

Gaylen Morgan

As curvas longínquas que antevemos na espera ou o troar do embate dos amigos que nos buscam e se multiplicam em palavras entrecortadas por silêncios. Outras vezes o ressoar longínquo de vultos perdidos que noutros tempos nos aqueceram a esperança. Os rostos distorcidos pelo esquecimento. Ausências presentes nos silêncios. Palavras ausentes nas penas. Gritos abafados pela dor. Delírios de amor imaginado. Tudo é possível enquanto a vida ferve e um rosto radioso nos olha e imaginamos que nos entende.

Lisboa, 31 de Janeiro de 2008