Fotografia de família
Eu não quero, nunca quis
ser poeta, senão escrever
livremente o que se desprende
de um lugar recôndito de mim
O que sinto só escrever revela.
O não dito? O que não dói
como que submerso no fundo
da dor mais além, subsiste,
e me acompanha e segreda,
grita e me interroga, morre
e ressuscita, outro eu oculto
me fala desprendido na escrita
Eu não nasci para escrever.
Não quero, nunca quis, aprendi
que me aprendo a mim
e nada mais de escrever espero.
12/4/2008
1 comentário:
These photos are beautiful. Wish I spoke the language so I could read the poems...
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