24/03/2009

VEJO A SILHUETA AO LONGE

Tom Chambers

Vejo a silhueta ao longe com mar de permeio
refulgência do olhar que me olha sem me ver.
Deixo-me levar na corrente lisa que me banha
o corpo suspenso da palavra sei lá o que mais.
Talvez seja o desejo puro de descobrir mundo
além do mar que nos separa nosso mar quente
unindo a pele diferente que nos cobre o corpo.
Sei lá! Talvez o olhar me deixe adivinhar ser
desconhecido o prazer mais do que prometido
como se me debruçasse de uma janela aberta
sobre o mistério de um olhar que me desperta
o desejo puro. Fruído como um fruto maduro.

Lisboa, 24 de Março de 2009

Sem comentários: