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Aquela singular corrente de memórias voa no tempo
Revolto-me em mudança permanente com o espelho
No qual espreito e nele me revejo em reminiscências
De mim naqueles olhares pacientes de mãos quentes
Abertas ao contar dos dias ou fechadas como punhos
Em seus gestos diligentes revendo o futuro do futuro
Com a morte pendurada nas paredes, os meus muros
São transparentes de cal pura brancos sem espessura
E o meu sangue goteja dos retratos sem que me veja.
Lisboa, 5 de Setembro de 2006
1 comentário:
E eu que não tinha dado por ele! e bem me perguntava o que acontecera ao poeta! Um abraço já o vou colocar nos Favoritos.
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