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O que me prende os sentidos à beleza
é o presente dela, fulgor que me cega
é futuro que me destrói, ter a certeza
que ao certo nela nunca ninguém pega
Resvalam-me as mãos e hesito tocá-la
a beleza impregnada dos meus medos
é memória de sofrimentos por tomá-la
ai a pura beleza cega em seus enredos
É ela que me prende à vida. O encanto
se torna desejo, espera sábia do tempo
que se revê ao espelho, o breve pranto
que ecoa sob a luz refulgente, a beleza
é um fogo que me consome por dentro
é tudo, nada, uma insustentável leveza
30 de Junho de 2009
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