Fotografia de Hélder Gonçalves
Faz tempo que não assoma ao meu coração
O calor de um calafrio um estremecimento
Um arrepio a picada íntima, luxúria, alento
Salto vital retirada do labirinto da maldição,
Faz tempo, muito tempo, não sei dizer quão
Quanto e qual mesmo nada acontece de real
Nem uma vaga palpitação no membro, o tal
Nada apetece do que me apetece penetração,
Faz tempo que o tempo se esvai a caminhar
Se escoa, se desalinha e enfim me entristece
Se o olho direito de frente ele desvia o olhar
E vira espelho e no reflexo me vejo definhar
Sem saber afagar o corpo que se me oferece
Faz tempo que o desejo paira suspenso no ar
Lisboa, 12 de Janeiro de 2004
Faz tempo que não assoma ao meu coração
O calor de um calafrio um estremecimento
Um arrepio a picada íntima, luxúria, alento
Salto vital retirada do labirinto da maldição,
Faz tempo, muito tempo, não sei dizer quão
Quanto e qual mesmo nada acontece de real
Nem uma vaga palpitação no membro, o tal
Nada apetece do que me apetece penetração,
Faz tempo que o tempo se esvai a caminhar
Se escoa, se desalinha e enfim me entristece
Se o olho direito de frente ele desvia o olhar
E vira espelho e no reflexo me vejo definhar
Sem saber afagar o corpo que se me oferece
Faz tempo que o desejo paira suspenso no ar
Lisboa, 12 de Janeiro de 2004
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