Mitch Dobrowner
Estamos todos sozinhos correndo
Os cantos do mundo e os nossos
Olhos choram homens morrendo
Todos os dias quantos remorsos
Sentimos nós próprios esquecidos
Das dores que a outros infligimos
Quero morar numa sombra fresca
Daquelas que o sol desenha quente
No chão seco do meu bairro deserto
Imaginando repletas as madrugadas
De gente passando ao fim da tarde
Diante de mim doridas e cansadas
Não sei nada não sei já ler os sinais
Do tempo e calculo a palavra certa
Exacta ínfima infinita mortífera dor
Que mata e não deixa rastos mortais
Aqui e ali uma emenda à regra pôr
Uma palavra a mais não custa nada
Quero ver o dia de cumprir o desejo
De tocar todos os corpos desejados
De acreditar que nunca estou a mais
Não sou o espaço vazio de um sonho
Que se não inventou ainda mas sim
Eu próprio que me inventei sempre
Choras porque ainda não entendeste
A opressão do medo e o desespero
Que a liberdade de ser igual ao teu
Igual te provoca desafiando a tua fé
Em permanecer costas rectas contra
O tempo fútil sorrindo sempre de pé
Lisboa, 4 de Março de 2004
Estamos todos sozinhos correndo
Os cantos do mundo e os nossos
Olhos choram homens morrendo
Todos os dias quantos remorsos
Sentimos nós próprios esquecidos
Das dores que a outros infligimos
Quero morar numa sombra fresca
Daquelas que o sol desenha quente
No chão seco do meu bairro deserto
Imaginando repletas as madrugadas
De gente passando ao fim da tarde
Diante de mim doridas e cansadas
Não sei nada não sei já ler os sinais
Do tempo e calculo a palavra certa
Exacta ínfima infinita mortífera dor
Que mata e não deixa rastos mortais
Aqui e ali uma emenda à regra pôr
Uma palavra a mais não custa nada
Quero ver o dia de cumprir o desejo
De tocar todos os corpos desejados
De acreditar que nunca estou a mais
Não sou o espaço vazio de um sonho
Que se não inventou ainda mas sim
Eu próprio que me inventei sempre
Choras porque ainda não entendeste
A opressão do medo e o desespero
Que a liberdade de ser igual ao teu
Igual te provoca desafiando a tua fé
Em permanecer costas rectas contra
O tempo fútil sorrindo sempre de pé
Lisboa, 4 de Março de 2004
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