17/03/2008

O ROSTO (I)


“detrás, detrás do amor,
ergue-se para a morte, o rosto.”

A FALA – Ferreira Gullar


O rosto adivinhado conforme os ângulos
Meu ideal de beleza, meu olhar inventado
O rosto que pressinto no vazio desconhecido
Mostrado como se fora visto e reconhecido
O rosto imaculado com as marcas do tempo
Impoluto misterioso sorridente e desabrido.

Ergue-se para a morte, o rosto detrás do amor

25/11/2007

[25 Poemas. Selecção de poemas escritos, a lápis, nas páginas do livro “Toda a Poesia”, de Ferreira Gullar, 15ª edição, José Olympio, Editora.]

Sem comentários: