23/09/2007

O OFÍCIO DE POETA

Posted by PicasaCesare Pavese

“Deveria bastar à nossa ambição, e nesta recolha à minha bastou, que na sua curta vida cada poema seja uma construção conseguida.”

“(...) a condição de todo o voo poético, qualquer que seja a altura que atinja, implica sempre uma referência atenta às exigências éticas, e naturalmente também práticas, do ambiente em que se vive.”

“Pois, graças aos céus, se com frequência se teoriza bem e se realiza mal, às vezes acontece o contrário.”

“Nesse tempo, sabia apenas que o verso livre não se coadunava comigo, pela abundância desordenada e caprichosa que costuma exigir da imaginação.”

“Ritmava as minhas poesias murmurando.”

“Continuava a desprezar, evitando-a, a imagem entendida em sentido retórico, e o meu discurso mantinha-se sempre directo e objectivo (com a nova objectividade, entenda-se), no entanto, possuía finalmente o sentido tão elusivo daquele simples enunciado que diz que a essência da poesia é a imagem.”

Cesare Pavese

Sublinhados de leitura de “O Ofício de Poeta” – ( a propósito de “Trabalhar Cansa”) – Novembro de 1934 - in “Trabalhar Cansa” – Edição bilingue, Cotovia, Tradução e Introdução de Carlos Leite.

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