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Se, quando consentires,
consentes por metade,
não tomes por virtude
a náusea que te invade.
Toma-a pelo que é:
desejo revoltado
por ser teu, sem que sejas
teu próprio corpo violado.
11/7/1954
Jorge de Sena
[In “Poesia III” – “Portugal” – selecção de poemas resultante da leitura de Julho de 2007 em Cuba. (3)]
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