A Helena um dia, antes do Natal de 2007, enviou-me uma prenda muito especial. Fiquei sem fôlego de como lhe haveria de retribuir. Foi assim que nasceu a ideia de criar um livrinho com os primeiros poemas que escrevi com intencionalidade poética. Alguns deles constavam de um quase diário que mantive, durante bastante tempo, actualizado no início dos anos 80. A maior parte tinha-os perdido de vista até uns tempos atrás. Depois fui descobrindo manuscritos. Papéis soltos. Eliminei alguns, talvez de menos. No verão do ano passado publiquei-os com a etiqueta Primeiros Poemas no Caderno de Poesia.
Este último Natal a Isabel Espinheira criou um livro que é mais do que o suporte em papel para esses Primeiros Poemas, tardios (pois sou tardio em tudo), tendo-lhes acrescentado aguarelas que para ele foram criadas e um grafismo, ao que me dizem, feliz. Assim nasceu uma micro edição em homenagem a minha mulher Guida pois, além do mais, a maioria deles lhe foram dedicados nos primeiros meses do nosso encontro feliz.
Não pensava dar-lhe publicidade. Mas a Helena, na Linha de Cabotagem, deu-se ao trabalho, por gentileza e amizade, de publicar a imagem da capa e dois poemas, assim como a Maria do Rosário Fardilha, no Divas & Contrabaixos, ainda antes, com palavras que não esquecem, já lhe tinha feito referência.
O que nos vale, nos dias mais amargos, é a amizade e a ternura dos que nos fazem sentir próximos mesmo quando estão distantes.
2 comentários:
O que faz falta, meu amigo, é dar importância aos outros, à pessoa, ao valor eterno do diálogo e dos afectos; andamos tão preocupados com outras coisas que, por vezes, nos esquecemos que sem saúde e afectos a vida tem pouca importância. Chegada aqui, tento coleccionar essas preciosidades, desenvolvê-las, regá-las e, quando surgem gestos como o seu, tudo está certo, pacificado.
Um muito obrigada e um abraço.
Eduardo,
Como poderia obter seu livro?
abraços,
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